sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

POLÊMICA NA CAMINHADA PELA PAZ DE SÃO GABRIEL

Dariele Vega organizadora da caminhada

Comentários críticos a atitude do padre responsável pela Paróquia do Arcanjo Gabriel em manter a Igreja Matriz fechada durante a mobilização de mais de 17 mil pessoas, na terça-feira (29/01), em homenagem as vítimas do incêndio em Santa Maria, geraram grande repercussão na cidade. A situação ganhou destaque ainda com manifestações do pároco Emilio Barua numa emissora de rádio, no começo da tarde de quinta-feira.  O padre contestou a organizadora do evento, a acadêmica Dariele Vega, acusando ela de ter promovido acusações à igreja.
A estudante se defendeu e tentou falar com o padre no mesmo dia, mas acabou não sendo recebida.
As críticas à igreja partiram de pessoas que integram a rede de amigos da organizadora em sua página no facebook. Por algum motivo, o padre concluiu que seriam acusações feitas pela estudante.  Emílio Barua chegou a mencionar a possibilidade de acionar judicialmente a organizadora da caminhada e outros “jovens” que publicaram comentários na internet.
Insatisfeito com o resultado da repercussão, o pároco atacou a estudante durante entrevista ao radialista Dagoberto Focaccia, em seu programa do meio dia, na Rádio Emissora Batovi.
O padre questionou a juventude: “Quando a igreja está aberta, eles não vão. Ficam bebendo Chopp na esquina”, comentou, alegando que são estes mesmos jovens que estão cobrando a abertura das portas da igreja.
Barua disse que a caminhada foi desorganizada. No ponto de vista dele, aconteceram muitas falhas. Ele inclusive usou um diálogo que teve com o prefeito em exercício (no dia), Evandro Guedes, para justificar a acusação. Conforme ele, a estudante só conseguiu a “liberação” para realizar o evento porque houve intervenção de Guedes, pois o comando da Brigada Militar estava sujeito a negar a autorização.
Mobilizações, deste tipo, são acontecem mediante autorização da prefeitura municipal e Brigada Militar.
A defesa do pároco tem base, principalmente, na falta de aviso prévio para abertura da igreja. A estudante Dariele Vega admite que o padre tenha razão, neste ponto. Mas estranha que, da parte dele, venham tantas acusações, “afinal de contas, eu, em nenhum momento, questionei a abertura ou não da igreja. As manifestações foram feitas por outras pessoas”, argumenta.
Dariele não confirma quais serão as medidas tomadas contra o padre, mas não descarta uma ação judicial por danos morais, ato que o pároco já admitiu estudar encaminhamento.
Ela lembra que foi chamada pelo padre de “irresponsável e pecadora”.
PADRE ATACA SECRETÁRIO DA SAÚDE
A manifestação não deveria envolver política, mas ao mencionar o vice-prefeito Evandro Guedes e o secretário da Saúde Daniel Ferroni, o padre abriu precedente. Ferroni acabou virando alvo de ataques.
Barua chamou o secretário de mentiroso (por causa de manifestação de Ferroni sobre o episódio). Segundo ele, falta postura de secretário para o administrador da Secretaria da Saúde de São Gabriel. O padre sugeriu ao prefeito conversar com “os jovens” que estão no governo, senão eles vão bagunçar e fazer um governo pior que os outros que passaram.
PADRE ATACA O PADRE
A participação do padre Rubem Dotto, de outra paróquia, mas com familiares em São Gabriel, também foi motivo de contestações. Barua disse que Dotto errou. “Ele não poderia presidir reza em frente à igreja”, alegando que o padre Delmar Rodrigues não teria se negado se tivesse sido feita uma solicitação. Em seu relato, na emissora, Barua disse que o padre Rubem Dotto pensa diferente “deles”.
Na internet, através das redes sociais, as manifestações do pároco causaram uma avalanche de criticas. As manifestações envolveram pessoas de todas as idades. Alguns sugeriram, inclusive, encaminhamento de denúncia a Diocese solicitando a transferência do padre.
O procurador jurídico da prefeitura, advogado Guilherme Abib, também postou um comentário, lembrando fatos ocorridos nos últimos anos. “Marcio tu é testemunha de que muito tempo atrás já havia te dito que este padre não condizia aos ensinamentos da Igreja”.
Segundo o advogado, “ele (o padre) numa ocasião negou a comunhão a uma fiel em frente de todos, sem falar em diversas outros fatos, motivo pelo qual muitos ministros e fieis não gostam do comportamento dele. Pelo seu comportamento, acredito que ele deseja enfraquecer a Igreja, humilha os humildes. Apóio qualquer manifestação que tenha por fim tirar este… daqui, mas, deixo claro que sou católico atuante e que esta é minha posição, inclusive já reclamei ao Bispo e muitos outros fieis também já reclamaram. Ele disse que tem poucos padres e nada pode fazer, ainda que eu tenha lhe dito que ele acaba por prejudicar a imagem da Igreja”.
A produtora rural, Ana Tereza Chiappetta Teixeira, disse que “ele não é o dono da Igreja e deveria ser o primeiro a ter compaixão pela dor dos outros e dar apoio, como fez a “acadêmica” e” o tal secretario”… abrindo a igreja para acolher no conforto do seu interior as famílias enlutadas e precisando de uma palavra de acolhimento!”
EM TEMPO: O padre disse, durante entrevista, que a igreja não foi aberta por que não houve um pedido oficial com antecedência. Ele alega que não é normal “tocar” o sino em atos que não sejam festivos.
Ele ainda se referiu ao número de pessoas na caminhada (estimado pela Brigada Militar em 17 mil). Segundo ele, “como seria possível receber todo este público? Seria mais uma tragédia”, comentou.

INFORMAÇÃO: A NOTICIA ONLINE

COMENTÁRIO DO EDITOR:
Eu não iria fazer comentário, mas, cadê os atrativos da igreja Matriz para a JUVENTUDE de São Gabriel. É verdade que muitos jovens ficam bebendo e se drogando nas esquinas. Mas bastava o bom senso a este lider religioso, e abrir a igreja, já que uma certa maioria dos familiares das vítimas é católica.
Agora existe um engano, quanto a Juventude, pois enquanto, ela vai as missas da matriz, em sua maioria apenas para encontros, e bater papo, nas comunidades da própria igreja católica, não é assim, pois as celebrações e os ministros fazem atividades mais atrativas.
E sendo, os jovens que ficam bebendo pelas esquinas, é uma minoria hoje, pois, está provado que pelo menos 50% dos jovens de hoje, em São Gabriel, estão numa igreja Evangélica, como ficou provado na própria caminha, onde este em grande número participaram para prestar sua solidariedade.
O que este lider, se esqueceu, que como autoridade religiosa e CRISTÃ, é sua obrigação!

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